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Minha Mãe

Posted by: Juℓi Ribeiro in


Minha mãe


Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fronte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.


Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: – Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão, que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu.


Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia.
Dize que eu fique
Dize que eu parta, ó mãe, para a saudade.
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe

Vinicius de Moraes
(1913-1980)

in “O caminho para a distância
“in “Poesia completa e prosa: “O sentimento do sublime”
Mais sobre Vinícius de Moraes em

This entry was posted on quinta-feira, maio 03, 2007 and is filed under . You can leave a response and follow any responses to this entry through the Assinar: Postar comentários (Atom) .

14 comentários

Juli, lindo poema, adorei retornar ao seu cantinho....eu tambem tinha medo...beijos joao

A tarde caiu, o sol partiu
No do vago que resta do dia
A tua presença é luz que me aquece
Coração a navegar, inconstância
Nas águas puras desta lagoa
Uma hortensia murmura um rumor
Um milhafre o amor apregoa...

Bom resto de semana...


Doce beijo

A tarde caiu, o sol partiu
No do vago que resta do dia
A tua presença é luz que me aquece
Coração a navegar, inconstância
Nas águas puras desta lagoa
Uma hortensia murmura um rumor
Um milhafre o amor apregoa...

Bom resto de semana...


Doce beijo

A tarde caiu, o sol partiu
No do vago que resta do dia
A tua presença é luz que me aquece
Coração a navegar, inconstância
Nas águas puras desta lagoa
Uma hortensia murmura um rumor
Um milhafre o amor apregoa...

Bom resto de semana...


Doce beijo

Mãe há só uma...

Fica bem,
Miguel

Olá querida Juli! Maravilhoso este poema. Linda sua mãe.

Deixo este poema simples para você

Um beijinho meigo te ofereço
E toda a minha vida também
O amor mais lindo que não esqueço
É aquele que me deu sempre minha MÃE!

Um lindo fim de semana cheio da paz do Senhor. Mil beijinhos doces e amigos.

Oi meu amiga, vim aqui te ver e deixar minha marquinha. Tb gostaria de pedir um voto no blogstar.
Clique no link, vais nos mais votados e escolha blog do ig, la estará meu mundinho. Dêi-um voto.
Aceite meu presentinho selinho 1 espero que goste. P/ quem é contra a violência aos animais.bj

Lindo poema. Adorei. Parabéns e bom fim-de-semana

Obrigada minha querida, não mereço o teu award!
Mãe temos todos 2 uma que nos acolhe e por nós vela do céu a outra é a que, cá na terra, nos cria, embala, perdoa, ralha e faz crescer, aninha no colo, brinca e ensina. Essa a quem sempre dizemos "Mãe tenho medo, preciso de ti" e a sentimos ao lado.
Abençoadas as MÂES mesmo a sério, a tua que criou um ser tão lindo e unico como tu minha doce Juli. Obrigada por te dares como te dás.
Beijo num fiozinho de luar e optimo fim de semana.

Os Deuses não vivem na lagoa, apenas recolhem o pranto, transformado manto de água em certas noites de encanto.


Bom domingo...feliz dia da mãe...


Doce beijo

Dedicado à todas as mães que já foram meninas, e à todas as meninas que um dia serão

Mãe, lembra daquela menina travessa e inquieta que corria pelos campos
a se esconder quando quando tu chamavas?
A menina que jogava bolinha de gude e arrancava os cabelos das bonecas?
Que fazia palavras cruzadas quando tentavas ensiná-la a bordar.
Tu querias me ensinar a ser mulher, mas eu queria mesmo era ganhar o mundo.
Quantas brigas tivemos...
Tanto tempo se passou...a menina levada cresceu
Ganhou o mundo e virou mulher...se tornou mãe...
Amou, sofreu, amou mais ainda e mais sofreu
Ganhou e perdeu batalhas...perdeu mais que ganhou...
Se perdeu muitas vezes nas multidões.
A sua menina , mãe, sentiu medo tantas vezes
e quantas vezes chorou sozinha
Hoje a menina sabe, conhece o teu padecer, tuas noites insones
Perdoa, mãe...as loucuras de minha infância
Pois na minha inocência eu não sabia
o significado da palavra Mãe...

beijinhos amiga

Passei por este blog casualmente e gostei bastante de todos os seus textos, parabens bj

Oi meu anjo,

Amei, este belissimo texto, ou não fosse de um dos escritores que mais amo.
Desejos de bom fim de semana e uma semana cheia de paz.
Bjokas mil e xi - corações.

Mãe, o doce refúgio pronto a acolher-nos sempre ao longo de toda a nossa vida. O refúgio que procuramos quando a procela nos assusta. Os braços onde nos aninhamos quando nos sentimos perdidos. Mãe, o milagre da vida e o milagre do amor. Emocionei-me.
Um beijinho grande minha amiga, e mais uma vez muito obrigado pela sua amizade, pois é ela que a faz olhar-me com esses olhos generosos. Gosto muito de si, Juli, não sei se já lhe disse isso.

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