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SONETO DA RETROSPECTIVA

Posted by: Juℓi Ribeiro in



Soneto da retrospectiva.

Que este ano que termina simplesmente não resuma
Todas os abraços, boas ações e fraternidade desta vida.
Que possamos sentir duas almas numa.
Que nossa felicidade seja repartida.

Que a força que nos sustenta permaneça unida.
No novo tempo que virá sem dúvida alguma.
Que sejamos a primavera que alegra e perfuma.
Que nossas mãos possam, consolar cada lágrima vivida.

Que nossos olhos possam ver o sofrimento alheio
De alguma forma amenizar a dor daquele que sente
O desespero da solidão, a falta do pão, o receio...

Que o perdão brilhe como as estrelas eternamente
Que todas as mães possam acalentar seus filhos no seio
E que todos os filhos lembrem que são filhos do salvador onipotente.

Juli Ribeiro

Publicado no Recanto das Letras
em 29/12/2006Código do texto: T331189

http://www.recantodasletras.com.br/autores/juliribeiro/

Papai Noel as avessas.

Posted by: Juℓi Ribeiro in ,


Anda tudo errado neste nosso mundo...
Papai Noel, entra pela porta dos fundos
e rouba o presente das crianças?


Papai Noel às Avessas


Papai Noel entrou pela porta dos fundos
( no Brasil as chaminés não são praticáveis),
entrou cauteloso que nem marido depois da farra.
Tateando na escuridão torceu o comutador
e a eletricidade bateu nas coisas resignadas.
Papai Noel explorou a cozinha com olhos espertos,
achou um queijo e comeu.

Depois tirou do bolso um cigarro que não quis acender,
teve medo talvez de pegar fogo nas barbas postiças
( no Brasil os Papai-Noéis são todos de cara raspada)
e avançou pelo corredor branco de luar.
Aquele quarto é o das crianças.
Papai entrou compenetrado.

Os meninos dormiam sonhando outros natais muito mais lindos
mas os sapatos deles estavam cheinhos de brinquedos
soldados mulheres elefantes navios
e um presidente da república de celulóide.
Papai Noel agachou-se e recolheu aquilo tudo
no interminável lenço vermelho de alcobaça.
Fez a trouxa e deu o nó, mas apertou tanto
que lá dentro mulheres elefantes soldados presidente
brigavam por causa do aperto.

Os pequenos continuavam dormindo.
Longe um gato comunicou o nascimento de Cristo.
Papai Noel voltou de manso para a cozinha,
apagou a luz, saiu pela porta dos fundos.

Na horta, o luar de Natal abençoava os legumes.

Carlos Drummond de Andrade
(1902-1987)

Mais sobre Carlos Drummond de Andrade em:

Poema de Natal

Posted by: Juℓi Ribeiro in


























Poema de Natal

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados,
Para chorar e fazer chorar,
Para enterrar os nossos mortos
-Por isso temos braços longos para os adeuses,

Mãos para colher o que foi dado,
Dedos para cavar a terra.
Assim será a nossa vida;
Uma tarde sempre a esquecer,
Uma estrela a se apagar na treva,
Um caminho entre dois túmulos
-Por isso precisamos velar,
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço,
Um verso, talvez, de amor,
Uma prece por quem se vai
-Mas que essa hora não esqueça
E que por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre,
Para a participação da poesia,
Para ver a face da morte -
De repente, nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte apenas
Nascemos, imensamente.

Vinicius de Moraes
(1913-1980)

SONETO DE NATAL

Posted by: Juℓi Ribeiro in


















SONETO DE NATAL

Recordo antigos Natais e faço meu abrigo.
As luzes, sons e cheiros do lar paterno.
A recordação sobreviveu a longos invernos.
Ao sonho de criança mais antigo...

Levo a alegria de compartilhar comigo.
Os abraços meigos e ternos.
A lembrança feliz do colo materno.
A espera contente do “Papai Noel” amigo.

Na minha face rola feliz pranto.
O espírito natalino reflete claridade.
Dentro de mim escuto o seu canto.

Tudo parece doce e pleno de encanto.
Reluz em toda parte, esperança e saudade.
O menino Jesus, com amor e alegria acalanto.

( Juli Ribeiro )

Soneto publicado no Recanto das Letras
em 08/12/2006Código do texto: T312739

Mania de te querer

Posted by: Juℓi Ribeiro in



Mania de te querer

Tenho mania de te sentir...
Desperto no sonho.
Acordo na realidade.

Tenho mania de te querer...
Teu beijo.
Teu cheiro.
Tua saudade.

Respiro-te como o ar.
Bebo-te como a água.
Recebo-te como a claridade.

Sem ti sou:
Noite sem amanhecer.
Primavera sem florescer.
Sou criança sem querer.

Sou uma longa espera.
Sou novamente desejo, puro sentimento.
Sou um suspiro do teu contentamento...

Juli Ribeiro

Publicado no Recanto das Letras
em 02/12/2006Código do texto: T308036

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